quarta-feira, 3 de junho de 2015

Professores decidem manter a greve mais longa da categoria em São Paulo

Marlene Bergamo/
Clipping Educacional - Folhapress



Os professores da rede estadual decidiram nesta quarta-feira (3) pela manutenção da greve, que chegou a 80 dias, a maior da história.
A decisão, porém, foi apertada, pela primeira vez nesta paralisação. Foram necessárias duas votações, pois não ficou claro o lado vencedor.
A categoria se reuniu na avenida Paulista, região central de São Paulo, de onde saiu em passeata até a praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual de Educação. Segundo a PM, cerca de mil professores participaram do ato –a categoria aponta em torno de 15 mil.
Chegou a haver um confronto que durou cerca de dez minutos, entre professores e um grupo identificado como seguranças do sindicato. Ao menos uma pessoa se feriu e ficou com sangue no nariz.
Após a confusão, a presidente da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Noronha, afirmou que não havia seguranças no ato. Na verdade, eram próprios professores que faziam o controle da entrada no caminhão de som.
Bebel disse ainda que, para ela, o ideal seria que a paralisação por tempo indeterminada fosse suspensa. E que houvesse paralisações em dias específicos, como na votação no Tribunal de Justiça sobre a legalidade do movimento. "Mas a maioria votou por seguir como está. Temos de respeitar."
Os grevistas pedem reajuste de 75,33%, percentual suficiente para equiparar o salário dos professores ao dos demais profissionais com ensino superior no Estado, nos cálculos do sindicato.
O governo não apresentou proposta de aumento. Diz que divulgará um plano até julho, quando o último reajuste completar um ano.
Segundo levantamento do sindicato, a adesão dos professores à paralisação se estabilizou em 30% –era de mais de 60% em abril.
A conta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é bem diferente –apenas 4% dos professores participam, mesmo patamar da semana passada.
A Apeoesp afirma que o atual movimento já era o mais extenso, pois na contabilização da entidade, a greve atingiu 83 dias nesta sexta.
O sindicato iniciou a contagem a partir do dia da aprovação do protesto, três dias antes do início efetivo da greve. Segundo a entidade, a reposição das aulas perdidas terá como base a sua lógica de contagem.
Em 1989, os professores voltaram ao trabalho após conseguirem reajuste, mas que ficou 53% abaixo do pedido.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ 

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